O
PROFESSOR NA MÍDIA: UM RETRATO TORTO
Fernanda
Aimée de Sá Picauron (1)
Gabriela
Telhado Braun (2)
Júlia
Lourenço de Jesus (3)
Nathália
Baptista Telles Santos (4)
Introdução
O
presente trabalho é resultado de uma pesquisa realizada como parte
das atividades da disciplina Profissão Docente, no ano de 2016,
ministrada pelo professor Armando Arosa, na interface com projeto de
extensão Políticas
Educacionais na Imprensa.
Esta pesquisa tem por objetivo compreender as diversas representações
que a imprensa faz em relação à profissão docente, tendo como
objeto as matérias jornalísticas especificas sobre greve de
professores.
A
fim de alcançar tal objetivo, procuramos em matérias jornalísticas
quais são os elementos que constituem as representações da mídia
acerca da paralisação docente, durante o ano de 2012. Deste modo,
buscamos entender como a imprensa vê o professor em relação ao
movimento grevista.
A
metodologia deste trabalho consiste em uma pesquisa documental do
acervo dos blogs Políticas
Educacionais na Imprensa e
Todos
pela Educação,
filtrando matérias jornalísticas que abarcavam o tema “greve dos
professores” no ano de 2012, tendo em vista que, neste ano, o
movimento reivindicatório ocorreu em vários estados do Brasil com
grande intensidade.
Em
nossa pesquisa, escolhemos quatro veículos de mídia com abrangência
nacional, sendo eles: (i) UOL Educação, que é apenas digital; (ii)
O Globo, com versão digital e impressa; (iii) G1, que é uma versão
digital ligada ao O Globo; e (iv) Revista Veja, com versão digital e
impressa.
A
partir de 56 reportagens, o tema sobre a paralisação foi
caracterizado de diversas formas, por exemplo, a partir da
divergência entre mídia e sindicato, da desvalorização da greve
ao dizer que os professores recebem altos salários e também da
exposição das lutas internas. Porém, somente 20 delas, 3 do Uol
Educação, 3 da revista Veja, 12 do G1 e 2 do O Globo, tratavam
sobre a criminalização do movimento grevista e do prejuízo causado
aos alunos, que são os temas específicos desta pesquisa.
Notas
teóricas
Nóvoa
(1999) propõe que há uma discordância na relação discurso e
prática no que diz respeito ao trabalho docente. Segundo o autor,
não há uma oposição extremamente marcada nessa dicotomia, logo,
demonstra que há uma relação intrínseca entre discursos que
dignificam os professores e práticas que não seguem esse mesmo
caminho. Deste modo, Nóvoa argumenta sobre a lógica excesso-pobreza
através de quatro situações, porém, nesta pesquisa, focamos na
situação (iv) a qual trata do excesso
das “vozes” dos professores à pobreza das práticas associativas
docentes,
já que existe uma relação com a greve docente.
Ao
tratar sobre essa situação específica, o autor afirma que "sem
um reforço das dimensões colectivas e colegiais no seio do
professorado, não vale a pena levantar a voz (as “vozes”), pois
não é por falarmos mais alto que temos mais razão ou que
defendemos melhor os nossos interesses" (p.8).
E
essa situação foi encontrada na reportagem seguinte:
A 6ª
Marcha pela Educação reúne entre 8 mil e 10 mil pessoas na capital
federal, de acordo com estimativas da organização do ato e da
Polícia Militar. Com o lema “Independência, Educação de
Qualidade e Trabalho Decente”, os professores reivindicam a
aprovação do Plano Nacional de Educação com destino de 10% do
Produto Interno Bruto (PIB) para a área (...) (O Globo, 05/09/12)
Portanto,
a partir dessa análise, percebe-se que há na reportagem um excesso
das “vozes” dos docentes que até criaram um lema para mover a
luta em prol da categoria, porém “não
é por falarmos mais alto que temos mais razão ou que defendemos
melhor os nossos interesses" (NÓVOA, 1999, p.8).
Análise
das matérias
No
Uol Educação, as reportagens demonstraram um discurso mais voltado
para a valorização dos professores e para a explicação, através
de relatos de professores e de sindicatos, de que a greve não pode
ser considerada um ato ilegal. Ou seja, este veículo não está
preocupado em projetar discursos que intitulam o movimento como um
crime, como é exemplificado a seguir, em uma entrevista com uma
sindicalista em relação ao corte dos pontos de professores em
greve.
Ela
argumenta que a greve não pode ser considerada ilegal com base
apenas em uma liminar. “O que o governo conseguiu foi uma liminar e
nós já recorremos. É preciso aguardar o julgamento do mérito pelo
Pleno do Tribunal de Justiça, que deve acontecer na próxima
semana”, disse Betros. A sindicalista considera a decisão do
governo “precipitada e arbitrária”. (UOL Educação, 19/04/12)
Já
em relação ao outro tópico deste trabalho, o veículo em questão
somente expôs algo sobre a paralisação como prejudicial ao aluno
em uma reportagem, relatando brevemente que o ano letivo deve ser de
200 dias de aula e que provavelmente as aulas se estenderiam até
janeiro. Sobre essa situação, em uma reportagem há uma declaração
do Secretário de Educação de Natal:
O
secretário de Educação de Natal não esconde o temor de ver os
alunos perdendo o ano letivo. “Conhecendo hoje a situação
financeira da prefeitura, claro que temo. Precisamos de atitudes
firmes, pois a situação é grave. Mas espero que não aconteça
isso. Estou mais esperançoso do que temeroso. Quando há boa
vontade, as coisas podem se resolver, e perceba essa boa vontade de
todos os lados”, disse José Walter Fonseca. (UOL Educação,
29/11/12)
No
veículo de informação “O Globo”, o prejuízo causado aos
alunos aparece apenas de uma forma: o aluno é prejudicado quando a
paralisação não é total, isto é, alguns professores não
aderiram ao movimento grevista e decidiram manter suas aulas, como
aparece na seguinte reportagem sobre a greve dos professores do
Colégio Pedro II:
A principal
reivindicação é a suspensão do calendário acadêmico. Eles [os
estudantes] alegam que, apesar da paralisação dos docentes, há
professores dando aulas e aplicando provas, o que pode prejudicar os
alunos. ”(...) Sendo assim, “professores podem se negar a repôr
as aulas e as avaliações serem aplicadas para poucos estudantes”
(O GLOBO, 01/08/2012)
Dessa
forma, apenas a adesão parcial de professores é apresentada nas
reportagens e tratada como prejudicial. A respeito do tema
criminalização do movimento grevista, não foram
encontradas evidências sobre a difusão desse discurso neste jornal.
Ao
analisarmos as reportagens da revista VEJA, encontramos o movimento
grevista sendo criminalizado através da coluna de Gustavo Ioschpe.
Ao falar sobre as mudanças que o sistema educacional brasileiro deve
enfrentar para melhorar, Loschpe menciona a greve brevemente:
Ainda há grandes professores e
pesquisadores, mas as universidades federais exigem que toda a rede
seja tratada de forma homogênea, gerando dupla injustiça: não
valoriza os que merecem e sobrevaloriza os que nada ou pouco
produzem. Esses últimos ainda fazem greves, como a de agora. (VEJA,
26/08/2012)
O
economista com mestrado em Economia
Internacional e Desenvolvimento Econômico, pela Universidade Yale,
nos Estados Unidos da América, trata, neste
trecho, a greve como algo ilegal e mal-visto, feito por professores
que “nada ou pouco produzem”.
Ainda
na VEJA, quando o assunto é o prejuízo que a greve causa aos
alunos, diversas ocorrências foram encontradas. Na primeira delas, o
verbo “prejudicar”, em si, foi utilizado a seguir:
A paralisação, que teve início
no dia 11 de abril, é considerada a mais longa da história da
educação baiana e prejudicou cerca de 1,1 milhão de alunos. ”
(VEJA, 03/08/2012).
Dessa
forma, podemos perceber que a paralisação completa e duradoura dos
professores é apresentada de maneira prejudicial ao aluno, ao
contrário do jornal O Globo, em que a paralisação total não foi
abordada. Em outra ocorrência, a greve foi vista como prejudicial,
principalmente, para os alunos do 3º ano do ensino médio que irão
prestar vestibular (8) e também para o comprometimento das férias
(9), afetando negativamente os alunos.
“Enquanto isso [durante a
greve], estudantes do 3º ano do ensino médio devem se contentar com
‘aulões’”. (VEJA, 26/06/2012)
“Sem aulas há 76 dias devido a
uma greve de professores, alunos do ensino fundamental e médio da
rede estadual da Bahia não terão férias no fim de ano. “As
férias certamente estão comprometidas. As aulas de reposição vão
adentrar 2013”, afirma o secretário de Educação do estado,
Osvaldo Barreto.” (VEJA, 26/06/2012)
No
veículo de informação G1, as reportagens analisadas são
referentes ao início da greve e, talvez por isso, ressaltam mais o
movimento como prejudicial do que como ilegal. O foco das reportagens
no que tange o ato como prejudicial é a perda de aula dos alunos que
irão prestar vestibular e estão sendo prejudicados pela falta da
mesma, como podemos observar abaixo:
“A Secretaria já havia
informado estar elaborando um pacote de medidas para que os alunos do
3° ano não sejam prejudicados em avaliações como o Enem e os
vestibulares”. (G1, 19/06/12)
Dias
antes, havia sido publicada uma reportagem discursando sobre o
prejuízo que a greve traz em relação ao Enem e advertindo sobre o
perigo que os alunos do ensino médio correm de não receberem seu
certificado de conclusão e até de não conseguirem ingressar em uma
universidade:
“A procuradora da República
Marcia Morgado, que propôs o processo, ressalta que o Ministério
Público Federal não questiona o direito de greve dos professores,
mas avalia que o modo de exercício é prejudicial aos estudantes,
principalmente àqueles que prestarão o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem). Como não há previsão para reposição das aulas, os
alunos não conseguiriam o certificado de conclusão do ensino médio,
o que impediria a efetuação de matrícula em universidades.”.
(G1, 13/08/12)
Ao
mesmo tempo em que afirma que o Ministério Público entende o
direito dos professores de organizarem uma greve, expõe que o órgão
avalia o movimento como prejudicial, e assim a reportagem infere ao
leitor, muitos pais de alunos que estão na situação referida no
texto, que o professor é o culpado pela situação “crítica”
destes alunos.
Há
também outras matérias no G1 que promovem a ideia da desvalorização
da greve em se tratando de salários, passando a falsa noção de que
professor recebe alta remuneração:
“Os professores da rede
pública têm, atualmente, salário inicial de R$ 4.226, 47 para 40
horas semanais de trabalho, um dos mais altos do país. No ano
passado, o auxílio-alimentação passou de R$ 195 para R$ 307,
segundo dados da Secretaria de Educação.”. (G1, 23/03/12)
Outro
problema que os professores tiveram que enfrentar foi a sugestão de
um não recebimento da hora extra que teriam que fazer para compensar
os dias sem aula. Por conta da greve, as aulas seriam repostas aos
sábados, porém os professores que estavam presentes na escola na
época da greve não receberiam pela hora extra e teriam que assinar
o ponto nesses dias:
“A Secretaria de Educação
informou que a recomendação do Ministério Público é para que
esses professores assinem o ponto no dia da reposição. No entanto,
eles não devem receber horas extras, pois já teriam recebido
pagamento durante a greve mesmo não dando aulas. O departamento
jurídico do Sindicato dos Professores ainda está analisando o
caso.”. (G1, 19/05/16)
Quanto
à criminalização da greve, o veículo G1, apesar de poucas vezes,
traz em suas reportagens argumentos que reforçam o pensamento dos
que veem a greve como ato ilegal, como por exemplo:
“(...),
os professores estão com as atividades suspensas mesmo depois que a
Justiça decretou a ilegalidade no movimento”. (G1, 23/04/2012)
Sendo
leitor desses veículos, alguns alunos ficam confusos mediante essa
situação:
“A expectativa da maioria dos
alunos após quase quatro meses sem aula é baixa. ‘Só tivemos
dois meses de aula, ficamos na 1ª unidade, nem fizemos testes e
provas [avaliações]’, observa Luis Carlos Conceição, 17 anos,
aluno do 1º ano do ensino médio. Para ele, que tentou estudar em
casa nos primeiros dias da greve, mas afirma ter perdido o estímulo
quando viu o movimento se prolongar, a greve dos professores acabou
sendo um pouco dura para os alunos. ‘Achei a greve um pouco rígida.
Tanto tempo parado para não obter o resultado que eles esperavam,
não foi uma paralisação inteligente’, disse.” (G1,
06/08/2012)
Através
do depoimento, podemos compreender que alguns alunos entendem o ideal
do professor no movimento, porém, sem respostas aos pedidos, os
alunos, mesmo sem intenção e sem perceber, culpam o professor
quando dizem “não foi uma paralisação inteligente”, julgamento
que provavelmente pode ter sido construído com ajuda das informações
e opiniões passadas pelos veículos vistos nesse trabalho.
Conclusão
A
partir da análise de matérias jornalísticas em quatro veículos
diferentes que escrevem para diferentes tipos de leitores, observamos
que a discussão sobre o modo como o professor é visto pela mídia e
pela sociedade realmente é encontrada na realidade, como pôde ser
visto nas reportagens.
Neste
trabalho, encontramos na maioria das reportagens um discurso
midiático que é capaz de manipular a maneira como o professor é
identificado pela sociedade. Por exemplo, aquele que recebe altos
salários e ainda sim promove greves ou aquele que prejudica o aluno
através de um movimento ilegal ou aquele que atrapalha a vida de
outros trabalhadores ao fazer manifestações nas ruas.
Porém,
os discursos deixam de relatar que essa profissão é desvalorizada
perante as outras, que o professor precisa trabalhar em diferentes
escolas para alcançar salários que condizem com a quantidade de
trabalho e também não relatam que o professor projeta sua voz nessa
luta porque busca ser identificado como um profissional.
Referências
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Educação 10% do PIB devia ter ido para o plenário, diz Ideli.
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In:
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In:
http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/23200/sem-aula-ha-76-dias-alunos-da-rede-publica-da-bahia-terao-aulao-para-500-estudantes-e-ficarao-sem-ferias-de-verao.
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UOL
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In:
http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/25063/falta-de-recursos-na-educacao-suspende-aulas-e-ameaca-ano-letivo-de-40-mil-alunos-em-natal16/.
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G1. Governo começa a pagar
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Acesso em 16 de
Junho de 2016.
NÓVOA,
Antonio.Os
Professores na Virada do Milênio.
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 11-20, jan./jun.
1999.
1
Graduanda em Licenciatura do curso de Letras Português-Inglês na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 6º período.
2
Graduanda em Licenciatura do curso de Letras Português-Literaturas
na Universidade Federal do Rio de Janeiro, 8º período.
3
Graduanda em Licenciatura do curso de Letras Português-Inglês na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 6º período.
4
Graduanda em Licenciatura do curso de Letras Português-Inglês na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 8º período.
Data
de conclusão do artigo: 14 de julho de 2016.